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POESIAS
Ao longe, ao luar,
No rio uma vela,
Serena a passar,
Que é que me revela ?
Não sei, mas meu ser
Tornou-se-me estranho,
E eu sonho sem ver
Os sonhos que tenho.
Que angústia me enlaça ?
Que amor não se explica ?
É a vela que passa
Na noite que fica.
Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá a falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver
apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e
se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar
um oásis no recôndito da sua alma .
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um 'não'.
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo...
(Fernando Pessoa)
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Picareta Escribante
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Brno - Igrejas
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Igreja da Trindade :
Igreja da Virgem Maria : Igreja da Assunção :
Igreja da Imaculada Conceição :
Igreja dos Capuchinhos :
Igreja Jesuíta :
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Igreja Protestante : Igreja de S. Venceslau :
Igreja de Stª. Maria Madalena :
Igreja de S. Gil :
Igreja de S. Jacob :
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Igreja de S. José :
Igreja de S. Leopoldo :
Igreja de S. Miguel :
Igreja de S. Tomás :
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Picareta Escribante
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AUSÊNCIA
Nas horas do poente,
Os bronzes sonolentos
- Pastores das ascéticas planuras -
Lançam este pregão ao soluçar dos ventos,
À nuvem erradia,
Às penhas duras :
- Que é dele, o eterno Ausente,
Cantor da nossa vã melancolia ?
Nas tardes de uma luz de íntimo fogo,
Rescendentes de tudo o que passou,
Eu próprio me interrogo :
- Onde estou ? onde estou ?
E procuro nas sombras enganosas
Os fumos do meu sonho derradeiro !
- Ventos, que novas me trazeis das rosas
Que acendiam clarões no meu jardim ?
- Pastores, que é do vosso companheiro ?
- Saudades minhas, que sabeis de mim ?
Mário Beirão
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Brno (antiga Câmara Municipal) :
Catedral de S. Pedro :
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Coluna da Santª. Trindade :
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Cortes Constitucionais :
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Estação Ferroviária :
Galerias de Arte :
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Casa do Povo :
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Picareta Escribante
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O COMBOIO PASSA ...
O comboio passa...
Todas as manhãs acorda a paisagem,
Faz fugir o gado.
E na casa branca, junto da passagem,
Faz erguer a moça, de olhar estremunhado.
Tem geada o campo,
Num manto brilhante.
As vacas reparam, com olhos de gente.
E uns senhores, lá dentro, com ar indiferente,
Pensam noutras vidas, num mundo distante...
Vêm de longes terras, que a moça, coitada,
Nem sonha que existem, estendendo a bandeira.
E a máquina bruta, estridente, apressada,
Engolfa-se, aos gritos, por entre a barreira,
Onde uma calhandra, de há muito, faz ninho.
Ai de quem encontre, naquele caminho !...
Francisco Bugalho
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O SENHOR MORGADO
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O senhor morgado
Vai no seu murzelo,
Todo empertigado,
É um gosto vê-lo,
Próspero, anafado,
Véstia alentejana,
Calça de riscado :
Homem d´uma cana !
Vai, todo se ufana
De ir tão bem montado
E ela na janela ...
Seja Deus louvado !
O senhor morgado
Vai nas próprias pernas,
Todo bandeado;
Tem palavras ternas
Para cada lado.
Quando passa, sente
Que é temido e amado;
Fala a toda a gente,
Topa um influente :
"Sou um seu criado..."
Eleições à porta,
Seja Deus louvado !
O senhor morgado
Vai na sege rica
Todo repimpado :
Ai que bem lhe fica
O chapéu armado,
E a comenda ao peito
E o espadim ao lado !
Que homem tão perfeito !
Deputado eleito,
Muito bem votado,
Vai para o Te Deum,
Seja Deus louvado !
Conde de Monsaraz
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Slavonice - Igreja de S. Dinis :
Capela-mortuária :
Ruínas/Igreja de Stª. Joana :
Torre :
Casas pintadas :
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Picareta Escribante
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CANÇÃO
Cortina verde a abanar
ao correr do doce frio
pudesse a mão que te move
suster meu sonho vazio.
Pudesse de qualquer modo
que tu és, sê-lo também:
cortina verde a abanar,
sem a imagem de ninguém...
Puro contorno ideal
de cousa inexistente -
pudesse o sonho que sonho
ser o meu ser de contente.
Que a sem razão que te move,
- cortina verde a abanar
p´ra além das margens do rio -
é a sem razão de sonhar
ao correr do doce frio.
Luís de Montalvor
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